Entrevista Vinicius Bion

A VBCOM Comunicação retoma a partir de hoje o quadro “Entrevista de Domingo”. O escolhido para o bate-papo foi o advogado Vinicius Bion, eleito na última semana presidente da Tribunal de Justiça Desportiva do Estado de Santa Catarina.

Vinicius Guilherme Bion tem 32 anos e começou a atuar na justiça desportiva Catarinense no ano de 2011, na condição de defensor dativo. Por alguns anos exerceu esse encargo na defesa de clubes e atletas de diversas modalidades esportivas. No decorrer dos anos, atuou como Procurador de Justiça Desportiva no âmbito do futebol Catarinense e do sistema Catarinense de desporto, nesse incluindo, atuações em praticamente todas as competições organizadas pela Fesporte (JASC, Parajasc, Olesc, Joguinhos Abertos, Jesc, Moleque Bom de Bola, Jasti). 

Atuou também como presidente de comissões disciplinares daquelas competições esportivas. No ano de 2016 foi indicado para compor o Tribunal Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Catarinense de Futebol pela Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina, então presidida pelo Dr. Sandro Palaoro. 

Em 2018, foi eleito para compor o colegiado Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do sistema Catarinense de desporto na vaga do segmento dos árbitros. E, recentemente, em dezembro de 2018, foi reconduzido no cargo, novamente na vaga do segmento da arbitragem.

Assumiu a presidência do tribunal esportivo estadual na eleição realizada em 14 de janeiro de 2019, na qual foi eleito por aclamação pelo colegiado. Confira:

1- Como é encarar este novo desafio?

Não se trata de uma novidade atuar como auditor na justiça desportiva Catarinense, pois apesar de jovem já atuei em todos os eventos esportivos promovidos pelo Governo do Estado nos últimos anos. Por esse motivo, meus colegas auditores confiaram que estou à altura dessa responsabilidade. Acredito que ao longo dos anos fui me preparando para esse momento.

2- Quais os propósitos efetivos da Justiça Desportiva de Santa Catarina em 2019 e nos próximos anos?

Aqui em Santa Catarina está estabelecido um modelo muito especial do sistema jurídico desportivo, o que faz com que, historicamente, sejamos referência em âmbito nacional. Pretendemos consolidar ainda mais nossa vanguarda (um tribunal multidisciplinar mantido pelo Estado em prol do sistema esportivo) e colaborar para aperfeiçoar ainda mais a estrutura ja solidificada.

3- É possível ser justo na análise do esporte?

É possível ser justo, tenho certeza que sim. O propósito final de qualquer julgador é aplicar o regulamento estabelecido para as competições e o código de justiça desportiva aplicável, de forma a manter o equilíbrio nas competições. Tenho certeza que todos aqueles que atuam com a justiça desportiva conseguem alcançar um equilíbrio voltado para a imparcialidade no momento de proferir o julgamento.

4- Quais as dificuldades encontradas pelos juristas desportivos?

A falta de organização e de seriedade de alguns dirigentes esportivos é uma dificuldade a se considerar. Em sua maioria, os dirigentes entendem a importância e respeitam as decisões da justiça desportiva, porém quando não há organização por parte deles, acaba surgindo uma verdadeira dificuldade.

5- Como que é o sistema do TJD?

Aqui temos um sistema híbrido que atende as competições da Fesporte e também das federações esportivas vinculadas. Nos eventos organizados pela Fesporte, atuamos (segundo grau de jurisdição) na última e máxima instância e, portanto, não existe STJD. Já nas competições realizadas pelas federações conveniadas, a relação com o STJD é cordial e respeitosa. Como disse anteriormente, nesse quesito Santa Catarina é muito respeitada, em especial pelo legado deixado pelo saudoso Dr. Marcílio César Ramos Krieger, que será sempre a maior referência do país em se tratando de direito desportivo.

6- Por fim, após uma longa caminhada pelo Desporto Catarinense, é possível sonhar com voos mais altos?
 
Sem dúvida, fazemos parte de um excelente grupo e ocupamos posições de destaque em diversas modalidades esportivas. Penso que seja questão de tempo e de maturidade para alçarmos voos mais altos.







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