Entrevista Adalberto Klüser

O entrevistado deste domingo é um apaixonado por pesquisa e por futebol. Estamos falando de Adalberto Jorge Klüser, nascido em Florianópolis, no dia 17 de dezembro de 1965, casado, microempresário e pesquisador esportivo. 

Atua no setor de comunicação (jornal, rádio, internet e TV) desde 1982. Trabalhou nas rádios Guarujá AM/FM, Antena 1, Guararema, Atlântida FM, Diário da Manhã, jornal A Notícia, Avant Press Assessoria, Nova Imprensa e TV Clipagem. 

É ex-proprietário do jornal O Esportista e colaborador dos jornais Diário Catarinense, O Estado, A Notícia e do blog História do Futebol. É autor dos blogs Arquivo Azul, Arquivos do Futebol Brasileiro, Verde Vale, TV Placar, Memorial do BEC e da página História do Futebol de Santa Catarina, Estádios de Santa Catarina e Tricolor da Baixada - ECR Palmitos (no Facebook). 

Como prestador de serviços atende empresas e entidades como a Federação Catarinense de Futebol (FCF), ligas esportivas e clubes de futebol. É membro fundador do Grupo Memória do Futebol Catarinense. São obras de sua autoria: "O Time da Raça - Almanaque dos 90 anos do Avaí Futebol Clube" (parceria com Felipe Matos e Spyros Diamantaras); Anuário Esportivo de Santa Catarina 2018 e Era uma Vez no Oeste - A Trajetória Profissional do Palmitos. Adalberto pesquisa e arquiva informações sobre o futebol catarinense desde a adolescência (Anos 70).

1- Qual o prazer de pesquisar?

A pesquisa é uma atividade que vem desde a adolescência. Comecei nos anos 70 anotando resultados de campeonatos e clubes. Ganhou impulso após conhecer e colecionar a revista Placar. Sempre um hobby. Em 1987 a coisa ficou séria. Me aprofundei nas informações e conheci o Coronel Osni Meira. Trocamos informações, artigos e corrigimos aquilo que estava errado ou causava dúvidas. Com a morte do amigo, herdei o acervo dele e dei continuidade ao trabalho. Hoje, possuo um rico material histórico e estatístico do futebol de SC.

2- O que preciso para se ter uma boa pesquisa? Há dificuldades?

A maior dificuldade para pesquisar é a falta de fontes. Jornais arquivados em bibliotecas e acervos públicos são essenciais. A FCF não possui um acervo desde a fundação, mas também é uma fonte importante. Procuro entrevistar ex-atletas, dirigentes e familiares de personagens que fizeram parte do nosso futebol.

3- Nos conte sobre as curiosidades encontradas no futebol. 

São muitas, mas o significado depende do foco da pesquisa. Quando escrevi o livro do Palmitos, por exemplo, descobri que o lendário zagueiro Daison Pontes, possivelmente o jogador com mais expulsões na carreira (pelo menos 19), defendeu o time no Estadual de 1977. Foi até assunto de matéria na revista esportiva Placar. Também descobri que um jogador do Caravana do Ar, que mais tarde virou ministro, foi quem indicou Nilton Santos para o Botafogo na década de 1940.

4- O futebol catarinense tem uma história rica. É possível registrá-la em sua totalidade?

Dificilmente. Faltam fontes e grande parte da história está guardada em gavetas de ex-jogadores e familiares. Poucas entidades e clubes esportivos preservam a história. A maior parte já foi perdida. Jornais antigos continuam sendo as principais fontes. Podemos resgatar muita coisa, mas sempre faltará algo.

5- Você pensa em parar?

Parar, nunca! Mas já dei um tempo algumas vezes. É um hobby e uso como válvula de escape para diminuir o estresse da rotina diária. Tenho por hábito pesquisar semanalmente na Biblioteca Pública de Santa Catarina e também navegar no site da Hemeroteca e da Biblioteca Nacional. Contatos com ex-jogadores e dirigentes são constantes.

6- Por fim, qual a dica para quem pretende se tornar pesquisador?

Foco, paciência, disciplina, ser criterioso, evitar a negligência, ter comprometimento e consciência que eventuais gastos possivelmente nunca serão ressarcidos. Tem que pesquisar por prazer. Eu uso como terapia e funciona muito bem.












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