Para onde vai?

Para onde vai a Passarela do Samba Nego Quirido? Inaugurada em 1989, ela é símbolo de resistência, de tradição. Por ela passam todo ano, no carnaval, famílias centenárias, representantes da cultura de comunidade, o povo do samba. 

Com a notícia ontem sobre a possível venda do aterro da Baía Sul para um fundo imobiliário, a preocupação é geral. O sambódromo vai abaixo? Haverá outro espaço para o desfile das agremiações que acontece desde 1949? Fica a pergunta.

Tempos atrás, falou-se sobre a ida da passarela para o terreno do Sapiens Parque, no Norte da Ilha. Lá nasceria uma nova estrutura incluindo, inclusive, a Cidade do Samba com os tão sonhados galpões. Por ora, nada feito.

O certo é que o Ministério da Economia já esteve em Floripa. As terras são da União e todo o aterro, desde o Centro até a Costeira, está no mapa da especulação imobiliária. 

A prefeitura precisa ter esse olhar social, voltado para o carnaval e o samba, pois trata-se de uma cultura e tradição de quase um século. E ela terá papel importante no destino final do espaço.

Lembrando que o aterro do Centro recebeu, no passado, torneios de futebol, festivais de pandorga, a missa do Papa em 1991, além das quadras poliesportivas que tanto serviram os moradores mais carentes.

Ali, junto ao Centro Sul, cabe uma marina moderna. Mas em algum lugar deverá estar o espaço democrático do samba. Assim esperamos.

Foto: Divulgação 




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