
Amigos, confesso a vocês que não gostei do resultado de ontem, afinal, ficamos em terceiro lugar. Queria, como todos, o vice. Mas isso é coisa do futebol. Nos superamos na segunda etapa até chegar ao gol de alma, aos 43. Mas não é sobre a partida em si que quero falar. E sim, do término da "Era Série B". Foram 10 anos. Tempo que mudei de adolescente para jovem, da juventude à fase adulta. Claro, ainda desfruto dos prazeres da boa idade. Mas nessa década, vi um clube crescer, apanhar, aprender, desenvolver, lutar, emocionar, acreditar, sofrer e enfim conquistar. De tantas viagens. De tantas partidas. A derradeira foi neste sábado. E o mais curioso. Estreamos contra o São Caetano em 1999. 1 a 0, gol de Fantick. São as coincidências da vida. Quanta coisa aconteceu nesse tempo todo. No primeiro ano, não fizemos feio. Perdemos para o Bahia no mata-a-mata. Não fosse o Dão driblar o goleiro e chutar por cima da trave, teríamos outra história. Ficamos em oitavo. Em 2000, na Copa João Havelange, passamos à segunda fase e de cara enfrentamos o melhor do grupo do Nordeste, o Fortaleza. Nas quartas, perdemos de 2 a 0 em casa, dois gols de Clodoaldo. Fomos ao Ceará buscar a virada no Estádio Presidente Vargas. Vencemos por 2 a 1, após uma falha de Cesar Silva no finalzinho do jogo. Ficamos em décimo-quinto. Em 2001, uma bela campanha, uma ótima equipe. Classificavam-se quatro, de novo. Fomos em frente, após vencer em Piracicaba o XV por 2 a 0, dois gols salvadores de Gauchinho. Veio o mata-a-mata. Vitória de 2 a 0 sobre o Ceará na Ressacada, gols de Cleber e Fantick. Na volta, no PV, vencíamos por 3 a 0, até o Ceará descontar e fechar em 3 a 2. Classificação à vista. No quadrangular final, começamos com um empate em 3 a 3 com o Paysandu na Ressacada. Veio o clássico no Scarpelli e com ele a derrota por 2 a 0. Em seguida, fomos a Caxias do Sul. Lá, empatamos em 2 a 2 com o time da casa. Detalhe, a luz faltou e estava 2 a 0 para o Caxias. Quando a energia voltou, o Avaí empatou. Portanto, a esperança continuava. Na volta, o famoso "Cai-Cai" aconteceu. No primeiro tempo, 1 a 0 pro Avaí com dois a mais em campo. No segundo, com goleada à vista, mais um toma o vermelho e o time caxiense faz corpo mole. Final, 1 a 0. Depois, veio o clássico. Empate em 2 a 2 e praticamente a despedida. Para fechar, fomos a Belém e onde saímos perdedores, por 4 a 0. Ficamos em 2001 na quarta posição. Em 2002, veio o time de Adilson Batista. Competitivo. Após ficar entre os oito primeiros, o mata-a-mata nos levou a enfrentar o Santa Cruz. Empatamos em casa em 1 a 1, gol de pênalti de Milton. Na volta, perdemos por 2 a 1 para o Santa no Arrudão. Desta vez, terminamos em sexto lugar. Em 2003, uma das piores participações. Para muitos, o time menos qualificado, sob o comando de Lula Pereira e depois Jair Pereira. O Avaí não consegue chegar entre os oito primeiros e não vai à fase de quadrangulares. Foi um fracasso. Em 2004, a esperança renasce. O clube consegue montar uma equipe que vencia em casa e às vezes empatava fora. Faltando oito rodadas, o time engrenou. Venceu o Bahia por 1 a 0, na Ressacada, foi a Recife vencer o Santa Cruz por 1 a 0 e depois a Belém massacrar o Remo, vitória por 3 a 1. Em seguida, houve a classificação na última rodada em um jogo de compadre com o Vila Nova-GO. O 1 a 1 garantiu o Avaí na fase seguinte e Vila na Série B. Amanhã, volto para contar um pouco da história da fase final de 2004 e mais a história dos campeonatos de 2005, 2006, 2007 e 2008. Boa noite!
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