LESTADA E FURACÃO

Em relação às catástrofes climáticas que assolaram a Ilha de Santa Catarina este mês, publico esse texto que recebi por e-mail. Não percam:

"Os recentes incidentes climáticos dão idéia de que estão ocorrendo coisas que "nunca tinham acontecido". Não é bem assim. As páginas anexas (320 a 322, extraídas da Obra Completa do nosso primeiro historiador, publicada pelo Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina) referem-se a temporais ocorridos na nossa Ilha de Santa Catarina e no nosso litoral, narrados por Manoel Joaquim de Almeida Coelho, em sua obra "Memória Histórica da Província de Santa catarina" (parte da citada Obra Completa), impressa pela Typographia Desterrense, de José Joaquim Lopes, em 1856. Os temporais descritos aconteceram em 1811, 1830 e 1838. Dois deles (1811 e 1838) foram "lestadas", o que reforça o temor que o vento de leste infunde na "Manezada" que tem memória. O de 1830 foi um "furacão" de vento da parte do sul, tendo durado poucos minutos (o primeiro "Catarina")".

Um comentário:

  1. Meu caro, é bem provável que já tenha havido temporais e tempestades tanto ou piores das que estamos presenciando, afinal, estamos numa situação geográfica privilegiada, chamada de zona de convergência.
    O problema são as intensidades, o desequilíbrio, o pouco tempo de recuperação entre um evento e outro.

    O relatório do IPCC, que declara veementemente a causa antrópica para o aquecimento global, razão dos acontecimentos climáticos de agora, garante que a amplitude térmica, ou seja, a diferença entre dias frios e dias quentes, será mais evidente daqui para frente. Enquanto isso, as condições termo-hialinas (razão entre a concentração de sal e calor nas águas, nos mares e oceanos) estão se desestruturando, alterando, por exemplo, as correntes marinhas, o que leva a furacões catastróficos e chuvas torrencias nos continentes, além do degelo nas calotas polares. Isso está crescendo numa escala geométrica.
    Em outras palavras, o desequilíbrio é o resultado de nossa ignorância e vamos pagar, cada vez mais caro por isso. Ou seria obra do acaso e de eventos históricos o que está acontecendo na Armação e na Barra da Lagoa?
    É bom salientar que nosso Estado é campeão das Américas em processos de desmatamento e recentemente nosso governador sancionou uma lei que diminui a mata ciliar nos rios no interior. O pagamento para isso não será barato, por certo.

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