Entrevista Alexandre Beck Monguilhott

Após a morte de Delfim de Pádua Peixoto Filho, que ficou 30 anos à frente da presidência da Federação Catarinense de Futebol, desportistas do Estado começaram a se mobilizar com interesses diretos em gerir a entidade máxima do futebol de Santa Catarina que completou 94 anos de história na última quinta-feira, dia 12 de abril. 

Rubinho Angelotti, vice-presidente para a Região Sul, assumiu o cargo por ser o mais velho na hierarquia estatutária, mas abriu a possibilidade para que novas lideranças surgissem e projetassem êxito no processo eleitoral da FCF.

Um dos principais postulantes é o advogado Alexandre Beck Monguilhott, de 45 anos. Natural de Florianópolis, ele é o atual presidente do Conselho Estadual de Esporte. Monguilhott tem forte atuação na Justiça Desportiva há mais de vinte anos, principalmente na área do futebol.

1- Como surgiu a ideia de ser candidato?

A candidatura não é de um nome, é de um projeto. Nossa ideia de mudanças já vem de algum tempo, inclusive sugerimos algumas proposições ao Doutor Delfim e também ao atual presidente quando de sua posse.

2- Que avaliação se faz da FCF após a morte do Delfim?

Nos parece que o falecimento do Doutor Delfim encerrou um ciclo. Foi uma pessoa muito importante para o nosso futebol mas dentro de outro contexto, hoje não temos mais espaços para aquelas práticas.

3- Existe chance de composição com o Rubinho ou haverá dificuldade pelas diferenças?

Pelo fato de não ser a candidatura de um nome, mas de um projeto e um conjunto de ideias, sempre existe a possibilidade de composição, seja com a atual gestão ou com outros eventuais candidatos, desde que, é claro, se construa em função das propostas de reforma.

4- Que clubes e ligas estão no projeto?

Dos clubes que conversamos apenas um não endossou o projeto. Os demais se mostraram simpáticos ou endossaram completamente. Nas ligas, a recepção foi muito boa mas o impacto sobre elas é um pouco menor, pelo menos no início.

5- As propostas falam em austeridade, controle financeiro e transparência. Comente sobre isso.

Não é possível pensarmos em uma instituição sem austeridade e controle de gastos. Os recursos devem ser empregados fundamentalmente nas atividades e não no custeio da instituição. Reconhecemos que bons profissionais precisam ser bem renumerados mas tais valores devem ser compatíveis em cima realidade da federação. Penso que temos condições de colocar o futebol catarinense em outro  patamar e torná-lo bem mais rentável, mas enquanto isso não ocorrer precisamos estipular uma política salarial compatível.

6- E as demais propostas?

Além das propostas que já foram divulgadas também pensamos em incluir a participação de atletas e outros segmentos na discussão de assuntos relevantes. Pensamos também em ações sociais para aproximar o atleta da comunidade, para promover o espetáculo e a identidade do torcedor com seu ídolo. Nossas ideias nao são de fácil implantação, representam uma mudança bem significativa em vários aspectos, mas temos certeza que são viáveis e podem fazer a diferença.

Foto: Divulgação 



Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.