Entrevista Elson Pereira

A Entrevista de Domingo recebe nesta edição um dos candidatos a deputado estadual pelo PSOL. O espaço é destinado a Elson Pereira, professor Titular da UFSC, Engenheiro Civil, mestre em Administração e doutor em Planejamento Urbano. Nascido em Florianópolis, Elson foi professor em várias universidades no exterior; exerceu vários cargos na administração universitária e em associações e conselhos nacionais. Foi por duas vezes candidato à prefeitura de Florianópolis e uma vez candidato a deputado estadual. Confiram o bate-papo.

1- Desta vez será possível conquistar uma cadeira na Alesc?

Sim, acreditamos que o PSOL  terá pelo menos um representante na ALESC a partir de 2019. Nossa votação para a prefeitura em 2016, na ordem de 51 mil votos, nos credencia a pleitear um mandato de deputado; nossas propostas foram muito bem aceitas pela população de Florianópolis e agora as oferecemos para o conjunto das cidades catarinenses. Além disto, temos uma lista de candidatos e candidatas qualificados e distribuída pelo conjunto do território catarinense.

 
2- O que pode fazer a diferença na sua campanha após a eleição pra prefeito em 2016?

Primeiramente, o fato da população já ter conhecimento a minha trajetória acadêmica e profissional; a eleição para a prefeitura deu visibilidade para minha visão de construção de uma sociedade diferente desta que se apresenta hoje. Embora eu tenha me apresentado como candidato à prefeitura, minhas propostas podem ser viáveis para o conjunto das cidades catarinenses, pois em sua maioria elas apresentam problemas ambientais, de mobilidade, de déficit habitacional, de desvalorização dos espaços públicos, de saneamento e etc.

3- Quais as suas propostas de campanha?

Vemos a vida parlamentar muito dinâmica.
As demandas que se apresentam aos deputados se apresentam também de forma dinâmica e por vezes inesperadas. Assim, julgamos que tão importante quanto ter propostas pré-definidas, torna-se importante ter princípios de atuação, para nos guiar diante das diferentes situações que se apresentam. Nossos princípios são: A justiça social, buscando as garantias fundamentais da população catarinense e o respeito às diferenças. Para isto, o serviço público é um instrumento essencial. O aprimoramento da democracia, buscando superar o seu modelo representativo na busca de condições institucionais que promovam a participação, pois a população tem o direito de decidir sobre seu destino e das instituições públicas. Um desenvolvimento econômico ambientalmente comprometido, pois, se por um lado a economia do Estado é fundamental, os graves problemas ambientais que o mundo, o país e Santa Catarina apresentam nos indicam a necessidade de uma consciência ambiental. É preciso que Santa Catarina tenha seu próprio Estatuto da Cidade, de forma a ter uma política urbana comprometida com a construção de cidades que sejam portadoras de direitos como habitação, mobilidade, segurança e sociabilidade urbana.
 
4- Como você avalia a campanha nacional agora sem o Lula?

É preciso superar a visão maniqueísta que pauta o debate político brasileiro. É preciso perceber que as soluções para o Brasil não são simples e nem entre “um” ou “outro”. É preciso construir um projeto de país que supere o personalismo e seja estabelecido a partir de uma visão de desenvolvimento que busque a justiça social, o humanismo, o respeito ao meio ambiente, o respeito à riqueza nacional que deve ser utilizada para o bem estar do conjunto da população brasileira e não entregue  de maneira irresponsável.

 
5- E o PSOL nesta eleição no estado? Quais os resultados esperados?

O partido vem se apresentando cada vez mais como portador de uma visão diferenciada de se fazer política em Santa Catarina. Tivemos uma vitória importante nas eleições de 2016 elegendo três vereadores em Florianópolis e quase chegando no segundo turno nas eleições para prefeito. Nosso desafio agora é o de estadualizar o partido e para isso contamos com a eleição de deputados estaduais e federais. Nossos candidatos ao Senado e ao Governo do estado estão alinhados com os nossos princípios e são, sem dúvida, alternativas para a população votar de maneira diferente, não elegendo os “mesmos de sempre”.
 
6- Por fim, Elson eleito fará o quê primeiramente?

Colocarei meu mandato a serviço daqueles e daquelas que verdadeiramente querem que a política seja praticada de maneira diferente, sem privilégios (recusando o auxílio moradia, por exemplo, pois moro em Florianópolis), sem práticas clientelistas e atuando na construção de políticas públicas que visem o bem estar da maioria da população catarinense.



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