Entrevista Jester Macedo

A produção de azeite de oliva no Brasil vem quebrando paradigmas e ganhando espaço no mercado. Do entusiasmo e paixão de um casal por esse produto milenar e do sonho de produzir azeites de qualidade o Brasil, nasceu a marca Vienzo. Com a propriedade localizada aos pés da Serra Catarinense, mais precisamente em Rancho Queimado, está a Quinta do Vienzo, a primeira empresa a produzir e processar azeite de oliva extra virgem em solo catarinense.

A Entrevista deste domingo é com Jester Macedo, Engenheiro Agrônomo com experiência na área de desenvolvimento de negócios e financeiro. Nos últimos anos ele tem se aprofundado na área do cultivo de oliveiras e processamento de azeites. Confira o bate-papo:

1- Como surgiu a ideia de produzir azeite?

Tudo começou em 2011 quando eu e minha esposa tivemos acesso às informações, pela mídia, sobre olivicultura no Brasil. Depois de ler a matéria fizemos contato com um produtor que trabalhava com a venda de mudas e ainda naquele ano fizemos a aquisição das primeiras 700 mudas de oliveira e iniciamos o plantio em abril de 2012. Desde então viemos acompanhando de perto a plantação para entender como seria a adaptação dessa cultura em Rancho Queimado. Apesar dos desafios e dos aprendizados chegamos à conclusão de que poderíamos obter bons resultados com essa cultura na serra catarinense e o pomar somou mais 600 mudas em 2017 e outras 600 em 2018. Até o momento são 1900 oliveiras plantadas. As principais variedades que estão sendo cultivadas são a Arbequina, Arbosana e Koroneiki. Testes com as variedades Manzanilla e Frantoio também estão sendo feitos. No ano passado importamos um equipamento da Itália para que possamos processar as nossas azeitonas o mais rápido possível, para com isso termos um produto diferenciado e com alta qualidade.

2- Como irá funcionar a visitação do espaço de produção?

Nosso objetivo é integrar a nossa produção com os nossos clientes para que eles possam ter a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura e ter a certeza do produto que estão consumindo. Nossas visitas serão em alguns dias selecionados onde haverá uma visita guiada pelo pomar de oliveiras conhecendo as diferentes variedades, visita ao lagar e degustação de azeites acompanhada de pães variados.
As visitas deverão ser agendadas pelo nosso site.

3- Como vocês veem o crescimento econômico e turístico de Rancho Queimado?

Diversas iniciativas tem surgido em Rancho Queimado nos últimos anos e cada vez mais vem atraindo turistas. Creio que o potencial é enorme, principalmente pelas características climáticas de Rancho Queimado e a proximidade com um grande centro urbano. 
É fundamental a integração das atividades com o turismo. O enoturismo brasileiro foi um exemplo nesse quesito e tenho visto diversas iniciativas em Rancho Queimado com diversos produtos. 

4- Sobre os produtos, como será a expansão da marca?

Nesse primeiro ano, nossa produção foi muito limitada principalmente devido ao desenvolvimento do nosso olival. Nossa expectativa é aumentar nosso olival de maneira consistente nos próximos anos e incentivar a produção próximo ao nosso lagar. Inicialmente, nosso foco está no mercado da grande Florianópolis. No próximo ano queremos expandir para todo o estado catarinense e posteriormente para os empórios em São Paulo e Rio de Janeiro. 

5- Qual a visão de mercado para o futuro?

Acredito muito no potencial dos azeites brasileiros. Temos condições de consumir um produto muito mais fresco, com alta qualidade e próximo ao produtor. O Brasil ainda importa quase a totalidade do volume consumido de azeite de oliva, importando muitas vezes produtos de menor qualidade. 


6- Por fim, Rancho Queimado tem condições de ser um grande polo turístico no Estado?

Sem dúvida alguma, e esse processo já vem acontecendo. Temos uma proximidade muito grande com Florianópolis e cada vez temos mais pessoas vindo para Rancho Queimado passar o dia. Precisamos criar alternativas de reter esses turistas para que fiquem mais dias e aproveitem das diversas opções que temos.












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