A África é aqui
A familiaridade da Dascuia com a causa afro é uma marca do nosso carnaval. Afinal, desde o seu surgimento em 2004, a agremiação sempre leva para a avenida enredos com essa identidade. Desta vez, não será diferente.
A Verde e Rosa de Floripa, cujo o tema é a história de luta pela liberdade da princesa Zacimba Gaba, pintou a Praça XV com as cores do seu pavilhão mas com uma cor em destaque: o negro.
O tom ganhou notoriedade sobretudo na cor da pele dos componentes, desenhando uma África Sul-Brasileira no percurso em volta da Velha Figueira. Um show de sorrisos e orgulho de suas origens.
Dona Valdeonira dos Anjos, a matriarca, não esteve presente, guardando forças para o “Dia D”. Mas muitas e muitas mulheres a representaram muito bem na passagem da escola. Entre elas, a rainha de bateria Eduarda Mendes, grávida de quase 6 meses, um retrato de superação e beleza no desfile.
Ainda emoldurando o cenário, surge o africano Domingos Mário Intchami, de Guiné Bissau. Estudante de Serviço Social da UFSC, o jovem rapaz representou um continente que atravessou o Atlântico, séculos atrás, para aqui fincar raiz.
Por fim, além da energia e leveza da apresentação como um todo, o quesito comissão de frente chamou muito a atenção pela sintonia e coreografia dos seus integrantes. Ruan, o chefe da tropa, cuidou de cada detalhe. Inclusive quando a comissão se voltou para o Setor 1 na escadaria da Catedral.
No mais, viva a Dascuia.
A escola de samba do Morro do Céu é um pedaço da África na Ilha de Santa Catarina.
Fotos: @sambaenredopodcast
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